sábado, 21 de novembro de 2009

Depois de Turvas, Ideias Soltas

Quem me dera saber
o que sonhavas
enquanto meus dedos
percorriam teu corpo
na noite.
Decerto se desvaneciam
perguntas e respostas
conflitos e castelos
de ideais passadas.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Ancora


Quando um dançarino rodopia, a única forma de não perder o equilíbrio é fixar com os olhos e a cabeça, um ponto, rodando a cabeça quando a rotação do corpo o faz perder esse ponto, de forma a minimizar o espaço de tempo sem ponto de referência. Assim corpo e cabeça rodam a velocidades diferentes e a existência de um ponto de referência mantêm o equilíbrio. Há muito tempo li uma história de dançarinos que usavam o espaço, sem gravidade e sem ponto de referência próximo, sem limites. A diferença é brutal na medida em que a dança se desenrolava num ambiente que não obedecia aos pressupostos usuais: os movimentos tradicionais e habituais eram impossíveis e a dança adquiriu novas coreografias e novas perspectivas de visualização (Raios não me lembro qual era a truque para manterem o equilíbrio). No SL, precisamos de manter um ponto de referência, em princípio ligado à nossa estrutura de valores. A questão que se coloca é se, assim, não estamos a reproduzir pressupostos da vida real ou, qual os que deveremos ou poderemos abandonar de forma a perspectivar um espaço completamente diferente. A resposta é simples e não linear: cada um abandona ou não alguns ou nenhum desses pressupostos e as perspectiva que tem do sl são dessa forma desenhadas, resultando numa multiplicidade rica e globalizante.

domingo, 18 de outubro de 2009

Realidade



A minha realidade caiu aos doze anos quando descobri numa revista de ciência brasileira (lida apaixonadamente) que era virtualmente impossível medir a distância entre duas partículas dado que afectávamos, na medição, a própria distância. Agora sei que um disparo sucessivo de uma mesma partícula gera diferentes padrões dependendo do facto de existir ou não um mecanismo de observação que interfere com o comportamento das mesmas.

Mais tarde, uma serie de ideias esvaíram-se quanto retirei a tampa da água da banheira, em desespero por ter obtido várias medidas da mesma dependendo da posição em que me sentava e do volume que ocupava. Hoje, agora, olho para esta mesa onde apoio o portátil e verifico de forma simples os seus contornos e uma série de leis claras que a definem como real; no entanto sei que se me debruçar mais sobre ela e, sobretudo, se a penetrar de forma a observar as suas partículas, descubro um diferente universo, regido por leis e pressupostos até antagónicos.

Afinal, a mesa não representa uma realidade apenas, mas duas, em universos diferentes, e talvez mais, dado que a minha própria observação e as questões que sobre ela coloco estão limitadas pela minha mente.

Apesar de Kant ter afirmado que os seres humanos não poderão conhecer a realidade tal como ela é, é provável que esta problemática em volta de uma mesa, da realidade tal como a vemos, provoque alguns risos ou mesmo desperte questões do género do habitual, tipo “O que andas a fumar pá?”. Este riso, o chamado riso cósmico que há décadas me incomoda e me isola dá-me agora prazer, dado que me indica finalmente uma distância vertical num mesmo, aparentemente, plano horizontal. O problema é que a realidade não é democrática e que, como tal, a não ser que pretenda deliberadamente produzir nos outros umas gargalhadas e aumentar dessa forma a sua felicidade, o melhor seria não deambular verbalmente em volta de uma mesa ou de uma banheira com água.

Aquela que parece ser a unidade básica do universo, uma partícula de massa extremamente densa que origina a massa das suas congéneres, ainda não pescada pelas grandes traineiras de aceleração, pode ser fundamentalmente informação e consciência. Pelo que a consciência poderá criar a realidade tanto neste sentido como no inverso, uma vez que a minha visão da ou das várias realidades, depende da “consciência de si” e da construção que fazemos encerrados na limitação dos sentidos.

Mas para além desta e dos referidos pelo autor da frase, existem outros “ópio do povo”, nomeadamente o paradigma e o sono pouco profundo em que se encontram mergulhados, para além de algumas instituições sociais antigas e fortes.

Neste sono, é impossível existirem verdades ou realidades paralelas, de diferentes profundidades, ou mesmo em antagonismo coexistente. Não existem escalas cinza, muito menos 12 tipos de branco e os copos ou estão cheios ou vazios (nunca ambos em simultâneo), as coisas e as pessoas ou são ou não são, as ideias são boas ou más, ou se odeia ou se ama - e nunca uma pedra, ainda menos várias.

O Paradigma



Depois de Descartes separar a mente do corpo e o Homem da Natureza, de Francis Bacon definir o método científico, de Newton estabelecer o universo mecânico e matemático, o paradigma materialista e mecânico domina de forma parcialmente inconsciente as nossos pensamentos e escolhas e a forma como observamos a realidade. Real é aquilo que é mensurável, cuja percepção pode ser conseguida pelos nossos cinco sentidos, banindo a subjectividade dos sentimentos, das paixões, da imaginação ou da intuição, separando mente e corpo.

Fomos educados segundo este paradigma pelo que é o mesmo que tentamos transmitir, enquanto educadores, às gerações seguintes, e aquele pelo qual, pautamos as nossas acções e pensamentos.

A libertação dos limites estabelecidos por este conjunto de pressupostos, impostos pelo subconsciente individual e social exige um esforço do indivíduo no despertar para a análise dos sulcos e elevações da consciência. Um novo paradigma emergente, foge à lógica material e mecânica ao percepcionar o indivíduo e o universo como organismos vivos integrados, numa matriz de energia e informação quântica, que coloca em causa a noção de realidade e cujo equilíbrio/colapso quântico se dá no indivíduo.

Em alguns casos, é apenas quando confrontado com experiências extremas, ou quando se encontra a braços com o vazio, que o indivíduo consegue ultrapassar a segurança e a certeza das suas crenças. Noutros, procede a uma análise e observação dos seus vários níveis de consciência, despertando para uma sobre-consciência individual e colectiva/cósmica, atingindo um conhecimento profundo do seu corpo e da sua mente, conseguindo alterar as suas convicções, percepções, formas de se relacionar com os seus semelhantes e com o mundo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Raios, muitas questões...

Esta perspectiva do viver e observar, ou seja, segundo alguns, é consciência e deve ser a busca dos indivíduos? A postura do observador é o que se consegue com a meditação, parece? Se existem experiências da Física Quântica que parecem demonstrar que as partículas estão entrelaçadas e outras que as mentes também podem estar. Será que a postura que assumimos no second life permite esse entrelaçamento? Então haverá experiências fora do normal, extremas? Essas experiências podem fazer-nos acordar para uma outra perspectiva da realidade? Será possível sentir o nirvana no sl? E os 7 chakras? Estas perguntas são de doidos...

domingo, 9 de agosto de 2009

Enganar o Cérebro

Desde 1930 que sabemos que esse sistema complexo, o cérebro, parece ser facilmente enganado. A terapia do riso, por exemplo baseia-se na ideia que o nosso cérebro não consegue perceber se o riso é verdadeiro ou falso e que acaba por ter a mesma reacção aos dois. No desporto de competição, os atletas são levados a visualizar os movimentos que irão executar na realidade, numa postura de relaxamento ou quase meditação. Nesta última situação, a nível muscular consegue inclusive ser detectada actividade muscular subtil, que corresponde aos movimentos reais, ao mesmo tempo que ao nível cerebral, são activadas as mesmas zonas e produzidos os mesmos padrões de ondas cerebrais.
Da mesma forma, no second life, assumindo uma postura semelhante ao relaxamento e meditação, e simulando mentalmente acções (iguais ou diferentes das do mundo real) estamos a produzir os mesmos padrões cerebrais da mesma acção desenrolada na realidade. Para o cérebro a experiência, as emoções, são reais. No entanto, a variedade de percurso é enorme e dependerá sobretudo dos limites dos nossos sentidos e paradigma ( ver os últimos dois posts em e ). A recolha de informação e as experiências aí desenroladas de forma consciente, constituindo experiências de vida, proporcionarão conhecimento e funcionarão no sentido da ampliação ou remodelação do paradigma em que desenrolamos a nossa actividade real e que condiciona a nossa percepção da realidade. Neste sentido, alterando o paradigma, altera a vida real.

domingo, 19 de julho de 2009

Empty


Loneliness adds beauty to life. It puts a special burn on sunsets and makes night air smell better.
Henry Rollins

segunda-feira, 29 de junho de 2009

The Matrix

We are the perfect collapse
Of the Quantum matter
As a container
Full with spherical particles
The perfect form
Of the matrix
We are almost emptiness
That can never be fulfill
As universe expands
We feel the loneliness
From the absolute raise
Of the vacuum
That emptiness as not a relative growing
If we can see its origin
We can only share the loneliness
But we will never make it disappear
And we must live fully with that
So be aware of what you are looking for here

terça-feira, 23 de junho de 2009

Rumi's universality

What can I do, Submitters to God? I do not know myself.
I am neither Christian nor Jew, neither Zoroastrian nor Muslim,
I am not from east or west, not from land or sea,
not from the shafts of nature nor from the spheres of the firmament,
not of the earth, not of water, not of air, not of fire.
I am not from the highest heaven, not from this world,
not from existence, not from being.
I am not from India, not from China, not from Bulgar, not from Saqsin,
not from the realm of the two Iraqs, not from the land of Khurasan
I am not from the world, not from beyond,
not from heaven and not from hell.
I am not from Adam, not from Eve, not from paradise and not from Ridwan.
My place is placeless, my trace is traceless,
no body, no soul, I am from the soul of souls.
I have chased out duality, lived the two worlds as one.
One I seek, one I know, one I see, one I call.
He is the first, he is the last, he is the outer, he is the inner.
Beyond "He" and "He is" I know no other.
I am drunk from the cup of love, the two worlds have escaped me.
I have no concern but carouse and rapture.
If one day in my life I spend a moment without you
from that hour and that time I would repent my life.
If one day I am given a moment in solitude with you
I will trample the two worlds underfoot and dance forever.
O Sun of Tabriz, I am so tipsy here in this world,
I have no tale to tell but tipsiness and rapture.
1207-1273, Jalāl ad-Dīn Muḥammad Rumi

domingo, 14 de junho de 2009

Waya



I wish the rain out there

Could relief the real tears
Of knowing
The future disappearance of a sl friend
On rl

sábado, 6 de junho de 2009



Flying the wind, some ashes
from a big heart.
Don't expect to catch that
Freedom
Someone already has.

To Little Cherokee

terça-feira, 2 de junho de 2009

The Nearness of You


Its not the pale moon that excites me
That thrills and delights me, oh no
Its just the nearness of you

It isnt your sweet conversation
That brings this sensation, oh no
Its just the nearness of you

When youre in my arms and I feel you so close to me
All my wildest dreams come true

I need no soft lights to enchant me
If youll only grant me the right
To hold you ever so tight
And to feel in the night the nearness of you

Writer(s): Ned Washington, Hoagy Carmichael

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Time In A Bottle




If I could save time in a bottle
The first thing that Id like to do
Is to save every day
Till eternity passes away
Just to spend them with you

If I could make days last forever
If words could make wishes come true
Id save every day like a treasure and then,
Again, I would spend them with you

But there never seems to be enough time
To do the things you want to do
Once you find them
Ive looked around enough to know
That youre the one I want to go
Through time with

If I had a box just for wishes
And dreams that had never come true
The box would be empty
Except for the memory
Of how they were answered by you

But there never seems to be enough time
To do the things you want to do
Once you find them
Ive looked around enough to know
That youre the one I want to go
Through time with

terça-feira, 26 de maio de 2009

Fast Rider

A warrior in a motobike with turbo boost will be a ghost rider that ignite every place he crosses.
Like the river whose waters in its course everything destroy everyone will talk about him, no one will remember those opressing margins.
And the rider will melt souls and minds until the last second of the short run he has, spreading his own ashes to the wind and living nothing more then a memory.
There is no dam to hold him, no water to calm his fire, no hand to caress his soul

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Philosopher's stone



They don't know that dreams
are a constant part of life
as concrete and as real as
any other possible thing,
as this grey stone
on which I sit and rest,
as this calm brook
gently stirring,
as these tall pine trees
waving in green and in gold,
as these birds that cry
intoxicated with blue.

They don't know that dreams
are wine, and foam, they're leaven,
tiny animal, smart and eager,
its pointed muzzle
fussing through
in a perpetual move.

They don't know that dreams
are canvas, and colour, a brush,
base, column, capital,
lancet arch, stained glass,
cathedral pinnacle,
counterpoint, symphony
a Greek mask, and magic
the alchemist's retort,
map of the distant world,
a compass, the Infante
16.th century caravel,
they're Cape of Boa Esperança,
gold, cinnamon, ivory,
swordsman's foil,
theatre wings, dancing step,
Columbine and Harlequin,
the flying passarola,
lightning rod, locomotive,
a ship of festive prow,
blast-furnace, generator,
atom's fusion, radar,
ultrasound, television,
rocket landing
on the surface of the moon.

They neither know, nor dream,
that dreams command life.
That whenever a man dreams
the world bounces, advances,
as if it were a coloured ball
held by the hands of a child

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Feelings



Is easy to feel the rain and close eyes to the Sun, but a flower won’t survive on forest without both.

domingo, 17 de maio de 2009

Monster Cannot Feel



Sometimes we run from feeling, using any strategies hand near, dump our body, dump our face, forgetting there is always a heart. Each time we suppress a feeling or a emotion we are creating to future time a regret that will stand on heart, without disappear, and will be a barrier to next happy moment. Piece by piece, we build our castle and our prison cell.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Lovely Night



Como se não soubéssemos mais nada, que a noite ia acabar, e a fogueira que ardia eternamente só existia ali, como que fôssemos humanos, ou antes crianças, livres, saltámos de sitio em sítio, sentindo um gosto estranho de satisfação. Se alguém desenhasse os nossos rostos, repetiria um grande sorriso e o sorriso fazia com que tudo valesse a pena, apesar de não sermos crianças nem livres. Mas sonhávamos, e o sonho era real.

The Musician and the Arlequin


Foi junto ao Tejo que te chamei, ao sítio onde vive a poesia do tempo passado e presente para, de novo, partilhar a virtualidade de um sonho.
Dançavas um azul que saia do rio e penetrava em mim como outrora.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Doca de Santos



Um Sim pensado e dedicado às artes, uma noite de poesia, com leituras em directo, do melhor que para cada um existe na poesia portuguesa, e com leituras dos originais dos poetas presentes.
Nem os Crash pontuais dos participantes, os problemas com placas de som, a necessidade de fazer traduções para alguns participantes, e outros imponderáveis, desvirtuaram o acontecimento.
A companhia agradável, os contornos virtuais do Tejo e as recordações de Santos real, da Madragoa e da Lapa, envolveram-me num acontecimento único e muito especial.
To Skaw Girl

White Mountain

Curvado sobre o seu dorso, ouvia os cascos de Odakota e o pó que levantava deixava para trás o desfiladeiro, que se abriu numa planície vermelha, povoada por uma tribo virtual, onde as crianças brincavam e os adultos nos saudavam em linguagem indígena.
Para trás deixamos o lago por explorar, em direcção ao Monte Branco Apanhe, passando por Santa Fé, cuja riqueza de pormenores era impressionante.
A intensidade da imagem, a magia do lugar, a companhia dos amigos, a S.k.a.w. girl, gravavm sensações e emoções inesquecíveis.

domingo, 3 de maio de 2009

Will Remember You



Uma rosa Delicada
Segura com Carinho
Embalada na noite
Segura nos meus braços
Entre os campos de ouro
Até cair e se aninhar
No meu peito

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Noite Passada



A Truly free spirit
can live in different universal spaces
can love different persons
in a million different ways
yelling all this in any place
with proud
and grokking each moment, like it was the first
and last

terça-feira, 28 de abril de 2009

Multi-Sensorial

A Experiência de partilha de informação entre várias pessoas, em modo síncrono, as emoções associadas, o diálogo estabelecido, formam um conjunto único que fortalece e propicia o relacionamento. As barreiras protectores baixam ligeiramente e vislumbra-se o verdadeiro ser, por detrás do Avatar. A sensação de aperto no estômago, a comoção, o sentimento de si e dos outros, a alegria e a recordação e imagem que ficam, afastam a imaginação do mundo real e das possibilidades limitadas e levam para o dia seguinte imagens coloridas de tranquilidade.

domingo, 26 de abril de 2009

O Equilíbrio



Como em qualquer sistema complexo, numa pessoa, o equilíbrio é um estado de graça, momentâneo, dinâmico.
Talvez que, se as pessoas disso tivessem consciência, vissem tudo de outra forma.
Num mundo virtual, é mais fácil abrir a porta do castelo a um estranho. O perigo é encontrarmos nele a realidade da qual tentámos fugir.
Quando o monotonia nos atinge num mundo virtual, significa que estamos em crise e que nos defrontamos com a realidade, de novo.
Não tendo tempo suficiente para sentir a monotonia, sinto-a nos outros, que se abrem mais fácilmente.
Como no mundo real, tento fazê-los sorrir e envio uns abraços.
Mas tudo é mais complicado, a linguagem é quase só escrita (e tudo mais simples de certa forma), exigindo a máxima percepção e atenção.
Impõe-se o respeito, pela necessidade de um outro estar só, pela pessoa por detrás do avatar, e a delicadeza com que, usando um fio tão ténue, interagimos e alteramos a vida dos outros.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Avatar's Dream



I would feel
in addition to the tremors in legs,
the amendment of beats,
a shiver through the spine
by increasing anxiety,
a distress in stomach,
hot lips
and a body that bends
to the pressure of fingers.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Acampar no Second Life

Encontrei LA num bar de salsa. O grafismo razoável e os movimentos sensuais das músicas latinas, da Salsa e do Trandes apresentaango, foram o objectivo da segunda ronda de viagens no sl. Sem grandes apresentações ou conversas em chat convidei-a para dançar e rápidamente lhe contei que tinha percorrido todos os endereços de música Latina e, em especial, de Tango e que, pelo menos dois lugares tinha que conhecer - Os Jardins Perdidos de Apolo e o Video Dome do Tango Argentino. Do cumprimento inicial - "Oi" - percebi que era brasileira, o que tornava o entendimento mais fácil: perguntou-me se navegava muito no sl e se tinha net no emprego, ao que respondi que não; explicou-me que se tivesse podia "acampar" e explicou que existiam sítios em que pagavam aos avatares para estarem sentados ou deitados na praia, como forma de atrair o movimento e a permanência de outros. Saltámos para um e outro sitio e dançamos, conversando pouco, admirando o movimento das personagens.
Voltei a vê-la em mais dois ou três sítios, a acampar ou à procura de tal recurso. Não sei quantos Linden Dolar consegue fazer por semana e quantos dólares reais consegue obter como rendimento mensal.
Por mais um ou dois casos que entretanto conheci, percebi que o Norte e o Sul também existem no sl. Os viajantes do Norte compram produtos e irrigam as economias dos países do Sul, enquanto os viajantes do Sul se deslocam pela fonte adicional de rendimento.
E entre as várias relações que me vou apercebendo existirem entre o sl (second life) e o rl (real life) esta tem-me perturbado.

terça-feira, 21 de abril de 2009

A Praia Naturalista




A ideia de uma praia naturalista agradou-me, enquanto dava a volta àquele portátil com o sistema operativo estoirado e que prometia umas horas pela noite dentro.
Pesquisei naturalist e apareceu uma praia para onde FK saltou, aproveitando um daqueles buracos de verme extraordinários que por aqui são o mais eficiente meio de transporte.
Materializei-me numa cãmara onde constava um aviso claro de que, e ao contrário dos cartazes que se encontravam em quase todos os locais, proibindo a nudez, naquela praia não eram permitidas quaisquer tipos de roupa.
Estava vazia.
Tirei rápidamente a roupa enquanto observava uma viajante renitente em se despir e caminhei pela areia, ouvindo o barulho das ondas e admirando a respectiva animação.
Algo entretanto me incomodou: a inexistência de orgão sexual dava-me um aspecto esquisito e um arrepio percorreu-me a espinha. Fui rápidamente ao inventário, acoplei o meu V10 Anywhere e estendi-me numa espreguiçadeira.
Lá longe, vi passar uma sim em fato de banho. Pensei: mas que raio, qual é o problema de estar nú num mundo virtual? Verifiquei que o meu orgão estava acoplado no sítio certo, coloquei os óculos escuros e ali fiquei.
Sunburst Naturism Resort , Rendezvous (113, 202, 23)