domingo, 18 de outubro de 2009

O Paradigma



Depois de Descartes separar a mente do corpo e o Homem da Natureza, de Francis Bacon definir o método científico, de Newton estabelecer o universo mecânico e matemático, o paradigma materialista e mecânico domina de forma parcialmente inconsciente as nossos pensamentos e escolhas e a forma como observamos a realidade. Real é aquilo que é mensurável, cuja percepção pode ser conseguida pelos nossos cinco sentidos, banindo a subjectividade dos sentimentos, das paixões, da imaginação ou da intuição, separando mente e corpo.

Fomos educados segundo este paradigma pelo que é o mesmo que tentamos transmitir, enquanto educadores, às gerações seguintes, e aquele pelo qual, pautamos as nossas acções e pensamentos.

A libertação dos limites estabelecidos por este conjunto de pressupostos, impostos pelo subconsciente individual e social exige um esforço do indivíduo no despertar para a análise dos sulcos e elevações da consciência. Um novo paradigma emergente, foge à lógica material e mecânica ao percepcionar o indivíduo e o universo como organismos vivos integrados, numa matriz de energia e informação quântica, que coloca em causa a noção de realidade e cujo equilíbrio/colapso quântico se dá no indivíduo.

Em alguns casos, é apenas quando confrontado com experiências extremas, ou quando se encontra a braços com o vazio, que o indivíduo consegue ultrapassar a segurança e a certeza das suas crenças. Noutros, procede a uma análise e observação dos seus vários níveis de consciência, despertando para uma sobre-consciência individual e colectiva/cósmica, atingindo um conhecimento profundo do seu corpo e da sua mente, conseguindo alterar as suas convicções, percepções, formas de se relacionar com os seus semelhantes e com o mundo.

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