terça-feira, 28 de abril de 2009

Multi-Sensorial

A Experiência de partilha de informação entre várias pessoas, em modo síncrono, as emoções associadas, o diálogo estabelecido, formam um conjunto único que fortalece e propicia o relacionamento. As barreiras protectores baixam ligeiramente e vislumbra-se o verdadeiro ser, por detrás do Avatar. A sensação de aperto no estômago, a comoção, o sentimento de si e dos outros, a alegria e a recordação e imagem que ficam, afastam a imaginação do mundo real e das possibilidades limitadas e levam para o dia seguinte imagens coloridas de tranquilidade.

domingo, 26 de abril de 2009

O Equilíbrio



Como em qualquer sistema complexo, numa pessoa, o equilíbrio é um estado de graça, momentâneo, dinâmico.
Talvez que, se as pessoas disso tivessem consciência, vissem tudo de outra forma.
Num mundo virtual, é mais fácil abrir a porta do castelo a um estranho. O perigo é encontrarmos nele a realidade da qual tentámos fugir.
Quando o monotonia nos atinge num mundo virtual, significa que estamos em crise e que nos defrontamos com a realidade, de novo.
Não tendo tempo suficiente para sentir a monotonia, sinto-a nos outros, que se abrem mais fácilmente.
Como no mundo real, tento fazê-los sorrir e envio uns abraços.
Mas tudo é mais complicado, a linguagem é quase só escrita (e tudo mais simples de certa forma), exigindo a máxima percepção e atenção.
Impõe-se o respeito, pela necessidade de um outro estar só, pela pessoa por detrás do avatar, e a delicadeza com que, usando um fio tão ténue, interagimos e alteramos a vida dos outros.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Avatar's Dream



I would feel
in addition to the tremors in legs,
the amendment of beats,
a shiver through the spine
by increasing anxiety,
a distress in stomach,
hot lips
and a body that bends
to the pressure of fingers.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Acampar no Second Life

Encontrei LA num bar de salsa. O grafismo razoável e os movimentos sensuais das músicas latinas, da Salsa e do Trandes apresentaango, foram o objectivo da segunda ronda de viagens no sl. Sem grandes apresentações ou conversas em chat convidei-a para dançar e rápidamente lhe contei que tinha percorrido todos os endereços de música Latina e, em especial, de Tango e que, pelo menos dois lugares tinha que conhecer - Os Jardins Perdidos de Apolo e o Video Dome do Tango Argentino. Do cumprimento inicial - "Oi" - percebi que era brasileira, o que tornava o entendimento mais fácil: perguntou-me se navegava muito no sl e se tinha net no emprego, ao que respondi que não; explicou-me que se tivesse podia "acampar" e explicou que existiam sítios em que pagavam aos avatares para estarem sentados ou deitados na praia, como forma de atrair o movimento e a permanência de outros. Saltámos para um e outro sitio e dançamos, conversando pouco, admirando o movimento das personagens.
Voltei a vê-la em mais dois ou três sítios, a acampar ou à procura de tal recurso. Não sei quantos Linden Dolar consegue fazer por semana e quantos dólares reais consegue obter como rendimento mensal.
Por mais um ou dois casos que entretanto conheci, percebi que o Norte e o Sul também existem no sl. Os viajantes do Norte compram produtos e irrigam as economias dos países do Sul, enquanto os viajantes do Sul se deslocam pela fonte adicional de rendimento.
E entre as várias relações que me vou apercebendo existirem entre o sl (second life) e o rl (real life) esta tem-me perturbado.

terça-feira, 21 de abril de 2009

A Praia Naturalista




A ideia de uma praia naturalista agradou-me, enquanto dava a volta àquele portátil com o sistema operativo estoirado e que prometia umas horas pela noite dentro.
Pesquisei naturalist e apareceu uma praia para onde FK saltou, aproveitando um daqueles buracos de verme extraordinários que por aqui são o mais eficiente meio de transporte.
Materializei-me numa cãmara onde constava um aviso claro de que, e ao contrário dos cartazes que se encontravam em quase todos os locais, proibindo a nudez, naquela praia não eram permitidas quaisquer tipos de roupa.
Estava vazia.
Tirei rápidamente a roupa enquanto observava uma viajante renitente em se despir e caminhei pela areia, ouvindo o barulho das ondas e admirando a respectiva animação.
Algo entretanto me incomodou: a inexistência de orgão sexual dava-me um aspecto esquisito e um arrepio percorreu-me a espinha. Fui rápidamente ao inventário, acoplei o meu V10 Anywhere e estendi-me numa espreguiçadeira.
Lá longe, vi passar uma sim em fato de banho. Pensei: mas que raio, qual é o problema de estar nú num mundo virtual? Verifiquei que o meu orgão estava acoplado no sítio certo, coloquei os óculos escuros e ali fiquei.
Sunburst Naturism Resort , Rendezvous (113, 202, 23)