Houve tempos
em que os meus dedos
dedilhavam rápido
no teclado
e o teu corpo
de manhã
em Porto Rico
se contorcia
de desejo.
Uma língua em comum
duas mentes ligadas
dois corpos em febre
murmúrios ao teclado
até aos finais múltiplos
e uma paz interior
que depois
nos aconchegava.
Houve tempos em que
sob o sol abrasador
do kansas
trocámos promessas
e juras
e os teus olhos abertos
e o teu sorriso
era jovem
muito mais que tu.
Houve tempos em que
nessa quinta da Austrália
nos sentávamos fogosos
e sentíamos o prazer
um do outro
sem limites.
Houve tempos
que sonhávamos com índios
e deitados sobre as peles
não sentíamos o mundo
nem o tempo a escorrer.
Houve tempos em que
os bosques Alemães
ganhavam vida virtual
e nos esticávamos
com deleite
nos braços um do outro.
Houve tempos
em que te senti
sob o calor da califórnia
e ambos suspirávamos
enquanto juntos
ou quando ouvia a tua voz.
Procurei-te por todo o lado
e com todas as letras
e ainda não sei
se te encontrei.
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