
Como em qualquer sistema complexo, numa pessoa, o equilíbrio é um estado de graça, momentâneo, dinâmico.
Talvez que, se as pessoas disso tivessem consciência, vissem tudo de outra forma.
Num mundo virtual, é mais fácil abrir a porta do castelo a um estranho. O perigo é encontrarmos nele a realidade da qual tentámos fugir.
Quando o monotonia nos atinge num mundo virtual, significa que estamos em crise e que nos defrontamos com a realidade, de novo.
Não tendo tempo suficiente para sentir a monotonia, sinto-a nos outros, que se abrem mais fácilmente.
Como no mundo real, tento fazê-los sorrir e envio uns abraços.
Mas tudo é mais complicado, a linguagem é quase só escrita (e tudo mais simples de certa forma), exigindo a máxima percepção e atenção.
Impõe-se o respeito, pela necessidade de um outro estar só, pela pessoa por detrás do avatar, e a delicadeza com que, usando um fio tão ténue, interagimos e alteramos a vida dos outros.